É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar
localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que
faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro nas
Américas". Fundada em 1585 com o nome de "Nossa Senhora das Neves", a cidade de
João Pessoa é a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, tendo já sido
fundada com título de cidade.
É a cidade mais populosa do estado, com cerca de 750.000 mil habitantes e sua
região metropolitana formada por João Pessoa e outros dez municípios forma 1
milhão e 150 mil habitantes. João Pessoa é cidade com maior economia do Estado
da Paraíba, representando 30,7% das riquezas produzidas na Paraíba. E o maior
índice de desenvolvimento humano (IDH) do estado, com 0,783.
O município possui clima tropical. É famosa pelas suas praias e pelos vários
monumentos de arquitetura e arte barroca. Durante a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, João Pessoa recebeu o
título de "segunda capital mais verde do mundo". Segundo um cálculo baseado na
relação entre número de habitantes e área verde, a cidade perderia apenas para
Paris.
É uma das capitais de melhor qualidade de vida da Região Nordeste do Brasil,
possuindo diversos locais que auxiliam a população da cidade a obter uma vida
melhor e de qualidade. Suas praças contam com equipamentos de ginástica, além de
ciclovias espalhadas pela cidade. É lei o fechamento de parte da orla para
caminhadas nas manhãs (das 5 às 8 horas). João Pessoa foi uma das duas
principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife).
Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda (mas, ao
contrário desta última, manteve seu status de sede). Dados de 2000 mostram João
Pessoa como a capital menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada, com o coeficiente de gini de 0,63.
A cidade de João Pessoa foi considerada, pela organização International Living,
como uma das melhores cidades do mundo para se desfrutar a aposentadoria[carece
de fontes]. No ranking feito anualmente pela organização, a capital paraibana
surge ao lado da também nordestina Fortaleza como as únicas cidades brasileiras
citadas na lista nesse ano. Apenas cinco cidades sul-americanas foram incluídas.
Além das brasileiras, Montevidéu, Colônia do Sacramento e Punta Del Leste, todas
no Uruguai, completam as cinco cidades da América do Sul indicadas para se
desfrutar aposentadoria.
História da Cidade
Por volta do ano 1000, os índios tapuias que habitavam a região foram expulsos
para o interior do continente devido à chegada de povos tupis procedentes da
Amazônia. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus, a região
constituía a fronteira entre os territórios das tribos tupis dos potiguaras (que
se localizavam ao norte) e dos tabajaras (que se localizavam ao sul)12 . Estes
últimos se aliaram aos colonizadores portugueses, enquanto que os primeiros se
tornaram ferrenhos adversários dos mesmos.
No dia 5 de agosto de 1585, os colonizadores portugueses fundaram a "Cidade Real
de Nossa Senhora das Neves" numa colina às margens do rio Sanhauá, um afluente
do rio Paraíba, 18 quilômetros acima da foz deste último. Em 1588, a cidade
adquiriu o nome de "Filipeia de Nossa Senhora das Neves", em homenagem ao rei
Filipe, que, na época, acumulava os tronos da Espanha e de Portugal.
Logo após a sua conquista pelos Países Baixos, a cidade passou a se chamar
Frederikstad, a partir de 163416 . Depois do declínio da Nova Holanda e com a
saída dos neerlandeses, a cidade adquiriu o nome de "Cidade da Parahyba" em
1654.
Praça dos Três Poderes
Sua denominação atual, "João Pessoa", é uma homenagem ao político paraibano João
Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado em 1930 na cidade do Recife,
quando era presidente do estado e concorria, como candidato a vice-presidente da
República, na chapa de Getúlio Vargas. O fato causou grande comoção popular,
sendo o estopim da Revolução de 1930, embora se discuta se realmente houve
motivação política no ato, que foi executado por João Duarte Dantas, advogado
cujo escritório fora invadido por tropas governamentais, tendo sido suas cartas
à professora Anayde Beiriz trazidas a público.
A Assembleia Legislativa Estadual aprovou a mudança do nome da capital em 4 de
setembro de 1930. Há algum tempo, cidadãos pessoenses discutem a possibilidade
de rever a homenagem e substituir o nome de João Pessoa por outro, entre os
quais figuram "Paraíba", "Filipeia" e "Cabo Branco",18 sendo que alguns
movimentos até manifestam apoio à ideia de um plebiscito para tal nomenclatura
ou uma consulta popular, como faz atualmente o "Coletivo Cultural Anayde Beiriz",
projeto em andamento do Movimento Paraíba Capital Parahyba;18 19 entre outros
argumentos, alega-se que a mudança de nome (assim como a alteração da bandeira
estadual), em 1930, foi realizada em um momento de comoção e de instabilidade
social, quando vários adversários políticos do grupo de João Pessoa foram presos
e mortos. Acrescenta-se ainda que não há consenso sobre as virtudes de pessoa e
de gestor público as quais confeririam o mérito ao ex-presidente da Paraíba (na
época, denominação para o cargo de governador) para tal homenagem. De outra
parte, os defensores da manutenção do nome argumentam que João Pessoa foi
político exemplar e que combateu o coronelismo e as oligarquias.
A cidade de João Pessoa nasceu nas margens do rio Sanhauá, a partir de onde
subiu as ladeiras em direção ao que hoje é o Centro. A expansão urbana ocupou a
antiga área rural. A partir da segunda metade dos anos 1960, com a ocupação da
orla marítima, a economia da área perdeu um pouco de sua importância de outrora.
No que diz respeito à arquitetura, os bairros do Centro comportam a maior parte
das áreas que são objeto de tombamento pelos órgãos de proteção ao patrimônio:
dentre elas, o Centro Histórico, Rua das Trincheiras e as proximidades da Rua
Odon Bezerra, no bairro de Tambiá.
Geografia
A cidade localiza-se na porção mais oriental das Américas e do Brasil, com
longitude oeste de 34º47'30" e latitude sul de 7º09'28. O local é conhecido como
a Ponta do Seixas.
A altitude média em relação ao nível do mar é de 37 metros, com altitude máxima
de 74 metros nas proximidades do rio Mumbaba, predominando em seu sítio urbano
terrenos planos com cotas da ordem de 10 metros, na área inicialmente
urbanizada.
O clima da cidade é quente e úmido, do tipo intertropical, com temperaturas
médias anuais de 25 °C. A menor temperatura registrada na cidade foi de 16,2 C,
e a maior foi de 35,5°C. O "inverno" inicia-se em março e termina em agosto. São
duas estações climáticas definidas apenas pela quantidade pluviométrica, sem
alteração significativa na temperatura (vide climograma). As chuvas ocorrem no
período de "outono e inverno" e durante todo o resto do ano o clima é de muito
sol. A denominação mais usual para o clima da cidade é o de tropical úmido. O
excesso de calor e a umidade relativa do ar, alta o ano todo, torna o clima
desconfortável para trabalho e produção.
Umidade relativa do ar: a média anual é de 80%. Entre os meses de maio a julho,
o índice atinge o máximo, 87%, correspondendo à "época das chuvas". No período
mais seco, é reduzido para 68%.
Vegetação: Mata Latifoliada Perenifólia Costeira (Mata Atlântica). Embora
bastante devastada, a cidade conta com importantes resquícios da Mata Atlântica
original preservados.
Densidade demográfica: 3 336,8 habitantes por quilômetro quadrado.
Hidrografia
Rio Jaguaribe
Em João Pessoa, existem cerca de doze rios. O Rio Jaguaribe nasce no conjunto
Esplanada, cruza o Jardim Botânico Benjamim Maranhão, no meio da Mata do
Buraquinho, e desemboca no Oceano Atlântico na divisa com o município de
Cabedelo. A água para abastecimento das casas é retirada do sistema
Gramame-Mumbaba, da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba. Nesse sistema, esses
dois rios se revezam no fornecimento de água para a cidade. Entretanto, o rio
mais importante historicamente é o Rio Sanhauá, pois foi nas suas margens que
nasceu a cidade e onde foram construídas as primeiras casas.21 Também há a Lagoa
do Parque Sólon de Lucena no Centro da Cidade. A lagoa foi o principal ponto
turístico da cidade durante a época em que a maior parte da cidade se encontrava
longe das praias. No fim de 2010, nas comemorações do natal, a lagoa foi
revitalizada e ganhou artifícios como música ambiente.
Lagoa do Parque Sólon de Lucena, no Centro
A capital paraibana conta com um litoral de cerca de 24 quilômetros de extensão,
9 praias só no município, fora as praias da Região Metropolitana, a exemplo da
cidade de Cabedelo, da cidade de Lucena e do distrito de Jacumã no município do
Conde, onde se localiza a Praia Naturista de Tambaba. As praias urbanas têm,
como características, praias de areias brancas e águas cristalinas. Muitas têm
Mata Atlântica preservada, além de serem ótimas para banho graças a uma barreira
natural a cerca de 6 quilômetros da costa que protege grande parte do litoral
pessoense e de Cabedelo, permitindo que crianças brinquem na água tranquilas.
Existe o Projeto Tartarugas Urbanas, que atua nas praias do Bessa e Intermares,
área onde ocorre a desova da tartaruga-de-pente, cenário de preservação
ambiental. Na cidade, também há prática de surfe.
Dentre as principais praias, pode-se citar a Praia de Tambaú, que tem cerca de 8
quilômetros de extensão, sendo composta de areia batida e fina, com águas de cor
verde-azulada, e também a Praia de Manaíra, uma praia totalmente urbana, formada
por recifes, o que torna as suas ondas fracas, e por águas claras no verão. É
ponto de vários quiosques e bares, contando com quadras de esportes na sua orla.
Praias
Praia fluvial do Jacaré
Praia de Intermares
Praia do Bessa
Praia de Manaíra
Praia de Tambaú
Praia do Cabo Branco
Praia do Seixas
Praia da Penha
Praia de Jacarapé
Praia do Sol
Praia da Barra de Gramame
Praia de Jacumã
Meio ambiente
João Pessoa foi considerada a "segunda capital mais verde do mundo", com mais de
7 m² de floresta por habitante, perdendo somente para Paris, França.8 Esse
título de distinção lhe foi dado em 1992, durante a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992.
João Pessoa possui, dentro da cidade, duas grandes reservas de Mata Atlântica,
que funcionam como verdadeiros "pulmões", além de mitigar o avanço da poluição.
A primeira delas fica no bairro central do Róger e denomina-se Parque Arruda
Câmara (ou "Bica", como é popularmente conhecida, devido à presença da Fonte
Tambiá no local). Um misto de jardim zoológico e reserva florestal, a Bica
possui exemplares da fauna e flora brasileiras, assim como animais de outros
continentes. A outra reserva florestal importante é a Mata do Buraquinho, da
qual uma parte foi recentemente transformada em Jardim Botânico. Com cerca de
515 hectares de mata virgem, cortada por riachos e fontes naturais, fica situada
num dos maiores reservatórios que abasteciam a cidade. A Mata do Buraquinho
umidifica o clima de João Pessoa e mantém sua temperatura mais estável e branda,
mesmo no verão. A mata é preservada e cercada com intuito de proteção contra
depredação, servindo como local de estudo para pesquisadores que se preocupam
com a preservação da qualidade do meio ambiente. No entanto, são visíveis as
invasões às margens da reserva Mata do Buraquinho. Podem ser constatados casos
de invasão de território de preservação e desmatamento (favela Paulo Afonso),
além da criação de comércios clandestinos, como a conhecida "Sucata do
Italiano", no bairro de Jaguaribe.
Região metropolitana
A Lei Complementar Estadual 59, de 2003, criou o Condiam e a Região
Metropolitana de João Pessoa, constituída pelos municípios de Bayeux, Cabedelo,
Conde, Cruz do Espírito Santo, João Pessoa, lucena, Alhandra, Pitimbu, Caaporã,
Mamanguape, Rio Tinto e Santa Rita. A região abriga atualmente uma população de
1 146 461 habitantes. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2009.
Demografia Etnias
Pelo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente a 2000,
a maior parte dos pessoenses são pardos, com 285 334 pessoas (47,72%), seguidos
de brancos, com 281 400 pessoas (47,06%), pretos, com 23 706 pessoas (3,96%),
indígenas, com 1 789 pessoas (0,30%) e amarelos, com 752 pessoas (0,13%). 4 954
pessoas (0,83%) não se declararam.22
Convento de São Francisco, em João Pessoa
Religião
Em relação à religiosidade, a cidade, assim como o país, é dominada
majoritariamente por católicos. Porém, há pequenas mudanças na religiosidade do
pessoense. Em 1970, 94% dos cidadãos se consideravam da religião católica,
contra 74% registrados em 2000. Enquanto que 5% da população pertenciam à
religião evangélica em 1970, em 1991 esse número cresceu e chegou a 6,6% e
alcançou 16% em 2000. 1,10% são espíritas e 7,41% não tem religião. Outras
religiões têm pouca representatividade e não alcançam ao menos 1% cada uma.23 De
acordo com os dados do Novo Mapa das Religiões, feito pela Fundação Getúlio
Vargas com dados de 2009 da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, 67,33% da população pessoense se
identifica como católica, 11,01% são evangélicos pentecostais, 11,03% são outros
evangélicos, sem religião (podendo ser ateus, agnósticos, deístas) são 6,86%,
espíritas são 0,71%, religiões afro-brasileiras são 0,12% e outras são 2,94%.
Na cidade, há pouco mais de 170 000 famílias, numa média de 3,48 pessoas por
domicílio, o que reflete a diminuição de pessoas na família média pessoense.
Segundo censos, a redução no tamanho da família pessoense deve-se a função do
rápido e intenso processo de diminuição da fecundidade nas últimas duas décadas
e no aumento na parcela de domicílios que são mantidos financeiramente por
mulheres. Na década de 1970, a família pessoense média tinha pouco mais de 5
membros. Hoje em dia, a composição tradicional da família é pai, mãe e filho.
A cidade revela um aprofundamento de algumas tendências e o afloramento de
alguns novos padrões de distribuição espacial da população. No censo de 2000, o
número de pessoas não naturais do município alcançou 28 500. Dez anos depois, a
população da capital aumentou em quase 100 000 pessoas, sendo que boa parte
delas é de filhos de pessoas naturais de outras cidades do estado, de outros
estados do Brasil ou de outros países. Ainda segundo o censo de 2000, o número
de estrangeiros na cidade é crescente, sendo que a maioria é de origem
portuguesa (16,5%), peruana (10%), chilena (8%), seguidos de alemães, italianos,
argentinos e bolivianos.
75,4% dos pessoenses residem em domicílios próprios, 18,3%, em imóveis alugados
e outros 6,3%, em locais cedidos. Apesar de muitas famílias pessoenses terem
seus domicílios próprios, muitas se encontram em domicílios muito pequenos com
famílias numerosas e domicílios bem maiores com poucos moradores. Outro dado
domiciliar relevante é a crescente verticalização: boa parte da cidade é alvo de
verticalização excessiva. É crescente o número de pessoas residindo em
apartamentos, por causa do enorme crescimento do número de unidades
habitacionais deste tipo ao longo da década de 1970.
João Pessoa também é uma das 3 capitais que proporcionalmente possuem o maior
número de famílias da classe A no Nordeste segundo a pesquisa da FGV com dados
do Censo de 2010, assim como Recife e Aracaju
João Pessoa
é uma cidade do Estado da Paraíba www.guiaparaibano.com.br
.
Mais informações aqui no GUIA ParaibanoJoão Pessoa é a capital do estado da Paraíba
É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar
localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais orie
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