A História da Paraíba começa antes do descobrimento do Brasil, quando o
litoral do atual território do Estado era povoado pelos índios tabajaras e
potiguaras. Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a explorar
economicamente o Brasil, uma vez que os interesses lusitanos estavam
voltados para o comércio de especiarias nas Índias. Além disso, não havia
nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse tanta atenção quanto o
ouro, encontrado nas colônias espanholas, minério que tornara uma nação
muito poderosa na época.
Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários começaram a extrair o
pau-brasil, madeira muito encontrada no Brasil-colônia. Esses invasores
eram, em sua maioria, franceses, e logo que chegaram no Brasil se
aproximaram dos índios, o que possibilitou entre eles uma relação comercial
conhecida como "escambo": o trabalho indígena era trocado por alguma
manufatura sem valor. Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi
dividida em quinze capitanias para doze donatários. Entre elas destacam-se a
capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da
Traição. Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de
Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado
Tracunhaém, em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior
desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar nesse engenho. Após
esta tragédia, D. João III, rei de Portugal, desmembrou Itamaracá, dando
formação à capitania do Rio Paraíba.
Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu a ordem para separar
Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios
responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim
começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei
D. Sebastião mandou primeiramente o ouvidor-geral D. Fernão da Silva.
A primeira expedição aconteceu em 1574, cujo comandante foi o ouvidor-geral
D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em
nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma
armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para
Pernambuco.
A segunda expedição ocorreu em 1575 e foi comandada pelo governador-geral,
D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e
eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro
governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar o Rio Paraíba, não obtendo
êxito.
A terceira aconteceu em 1579, ainda sob forte domínio "de fato" dos
franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a
capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa ideia só lhe trouxe
prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota
uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua
esposa. Em 1582, na quarta expedição, com a mesma proposta imposta por ele
na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a
Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa desiste
após perder um filho em combate. Na quinta e última expedição, em 1584, após
a sua chegada à Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de
traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para
assegurar os interesses portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia
vieram reforços por meio de uma esquadra comandada por Diogo Flores de
Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D. Filipe de Moura.
Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a
conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.
Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída
por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se
depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que
eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta
era contra os potiguaras, rivais dos Tabajaras. Após o incidente, Leitão
procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição,
rejeitaram-na.
Depois de um certo tempo, Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes
(Forte de São Filipe/São Filipe e Santiago), ambos em decadência e miséria
devido às intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso, Martim Leitão
nomeou o espanhol conhecido como Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso
Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castejón havia
abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão
o prendeu e o enviou de volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com
que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A
conquista da Paraíba se deu ao final, pela união de um português e um chefe
indígena chamado Pirajibe, palavra que significa "Braço de Peixe". A
província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro
de 1889.
MÚSICA E TEATRO
Marca de sua história e de seu povo, a Paraíba reúne um rico acervo
cultural. Como se repete em outros estados do Nordeste, a cultura paraibana
está fincada em origens ibéricas, africanas e indígenas, embora tenha
ganhado suas particularidades ao longo do tempo.
Por meio de danças, folguedos, peças de teatros e manifestações diversas
oriundas da imaginação e criatividade popular, a cultura paraibana é
fortalecida e preservada com o passar dos anos.
As danças folclóricas mais expoentes no Estado são diversas, a exemplo da
nau-catarineta, do bumba-meu-boi, do xaxado, do coco-de-roda, da ciranda,
das quadrilhas juninas e do pastoril. Todas elas são cultivadas pelos
paraibanos durante todo o ano. Algumas, entretanto, ganham mais notoriedade
nos períodos carnavalescos e durante as festas juninas.
Boa parte dessas expressões culturais ganha vida a partir de comunidades
carentes, mas não se limita a elas. Até porque, no Estado, a cultura local é
trabalhada nas escolas e universidades, como forma de levar ao conhecimento
dos estudantes as expressões culturais paraibanas, provocando neles o
interesse pela preservação do folclore da terra.
Além do esforço para manter viva a tradição cultural do Estado, a Paraíba
faz história por também preparar novos artistas. Desde 1931, funciona em
João Pessoa a Escola de Música Anthenor Navarro, criada pelo então
interventor estadual (como era chamado o governador no período da Revolução
de 1930), Anthenor de França Navarro.
A escola é referência até os dias atuais, sendo uma das principais
formadoras de novos músicos para integrar orquestras ou, simplesmente, para
prepará-los para graduações em Música.
Teatro
A arte e a cultura na Paraíba também ganham vida nos palcos dos históricos
teatros espalhados pelo estado. O Minerva foi o primeiro teatro a ser
erguido na Paraíba, inaugurado em 1859, e fica localizado no município de
Areia. Ele possui capacidade para 250 pessoas e uma acústica de excelente
qualidade.
Apesar do pioneirismo dele, é em João Pessoa que está instalado o Santa Roza,
teatro considerado como a mais importante casa de espetáculos da Paraíba.
Com o passar do tempo, mais espaços teatrais foram surgindo, com projetos
modernos de arquitetura e tecnologia. O mais recente deles é o Teatro Facisa,
instalado em 2012, no município de Campina Grande.
Guarabira
Teatro - Teatro Municipal Geraldo Alverga
Praça Antonio Pessoa, n/s
Centro
Telefones: (83) 3271 2221 / 3271 0568
Cabedelo
Teatro - Teatro Santa Catarina
Rua Alfredo Barbosa, s/n
Telefones: (83) 3228 4477 / 9332 5120
Sousa
Teatro - Cine Teatro Gadelha Rua Dr. Carlos Pires de Sá, s/n
Telefone:(83) 3522 2488
João Pessoa
Teatro - Teatro Ednaldo Egypto
Rua Maria Rosa, 284
Manaíra
Telefone:(83) 3247 1449
Teatro - Teatro Lima Penante
Av. João Machado, s/n
Centro
Telefone:(83) 3221 5835
Teatro - Teatro Santa Roza
Praça Pedro Américo, s/n
Centro
Telefone:(83) 3218 4383
Teatro - Teatro Ariano Suassuna
Av. Monsenhor Walfredo Leal
Colégio Pio X - Tambiá
Telefone: (83) 3221-4052
Fax: (83) 3241-1261
Teatro - Teatro de Arena
Espaço Cultural José Lins do Rego
Rua Abdias Gomes de Almeida, 800
Tambauzinho
Telefone: (83) 3244-1360
Fax: (83) 3225-1082.
Teatro - Teatro Cilaio Ribeiro
Av. General Osório, s/nº
Centro
Telefone: (83) 3241 3921
Teatro - Teatro Piollin
Rua Sizenando Costa s/nº
(ao lado da Bica) - Roger
Telefones: (83) 3241-6343 / 3241-7436
Teatro - Teatro Paulo Pontes
Rua Abdias Gomes de Almeida 800
Espaço Cultural José Lins do Rêgo
Tambauzinho
Telefone:(83) 3211 6230
Teatro - Cine Teatro Banguê:
Rua Abdias Gomes de Almeida, 800
Espaço Cultural José Lins do Rêgo
Tambauzinho
Telefone: (83) 3211-6276
Teatro - Teatro do SESI
Localizado no centro da cidade, em frente ao Hotel JK, próximo ao Pavilhão
do Chá.
Teatro - Teatro Lampião
Campus Universitário - UFPB
Campus I - Castelo Branco
Fones: (83) 3216-7002 / 3216-7143 / 3216-7111
Alagoa Grande
Teatro - Teatro Santa Inês
Rua Dom Pedro II, s/n
Telefone: (83) 3273-2683
Areia
Teatro - Teatro Minerva
Rua Epitácio Pessoa, 102
Telefone:(83) 3362 - 2300
Cajazeiras
Teatro - Teatro Íracles Pires
Rua Francisco Brasileiro, s/n
Santa Rita
Teatro - Teatro Oficina de Artes
Praça Mário Ferraz, 26
Telefone:(83) 3229 1897
Campina Grande
Teatro - Teatro Municipal Severino Cabral
Rua Floriano Peixoto, s/n - Centro
Telefone:(83) 3322 2441
Teatro - Teatro Facisa
Av. Senador Argemiro de Figueiredo, 1901 - Itararé
Teatro - Espaço Paulo Pontes
Avenida Floriano Peixoto, s/n -Centro
Teatro - Fundação Artística Cultural Manoel Bandeira - Teatro Elba Ramalho
Rua Minervina Figueiredo, 160 - (083) 3337-7075
Teatro - Teatro Rosil Cavalcanti
Endereço: Rua Paulino Raposo s/n - Centro (anexo ao Centro Cultural Lourdes
Ramalho - ao lado do Parque do Povo)
ARTESANATO
Labirinto
O labirinto é uma tradição têxtil, mantida de geração em geração pelas mãos
delicadas de mulheres que sobrevivem deste fazer artesanal.
Elas desfiam, enchem, torcem, perfilam e engomam, através de um longo e
trabalhoso processo manual, peças de inigualável beleza e riqueza de
detalhes.
Fibras
A Paraíba é muito rica em fibras vegetais das mais diversas, podemos
encontrar desde o coqueiro na Zona da Mata, até a palha da bananeira, do
milho e da carnaúba nas demais regiões do estado.
Nas áreas litorâneas, mulheres de pescadores passam de geração em geração a
arte de fazer objetos a partir de sua palha. Essa é hoje uma atividade que
garante ocupação e renda para milhares de famílias que tinham apenas a pesca
como meio de sustento.
A região do Curimataú já foi um dos maiores produtores regionais do sisal e,
atualmente, várias instituições tentam resgatar essa cultura que fez e faz
parte da vida de muitas famílias. Através da inovação tecnológica e da
capacitação, jovens e adultos adquirem ocupação e renda, produzindo objetos
de rara beleza e valor cultural.
Couro
Com a disseminação da caprinocultura no cariri paraibano, o couro retirado
do bode gera oportunidade de ocupação e renda através da fabricação dos
produtos artesanais.
Um processo totalmente manual e ecologicamente correto, que utiliza o angico
– produto vegetal – no curtimento do couro, dispensando a utilização de
produtos químicos.
Madeira
A partir de um dos principais elementos da natureza são criadas peças de
grande requinte.
São mãos hábeis e talentosas que fazem da madeira bruta um lapidado tesouro
que enche de beleza os mais diversos ambientes.
Renda Renascença
A renda renascença representa a beleza de uma das mais antigas tradições
artesanais do Brasil.
Na Paraíba, a renascença, trazida por pernambucanos, faz mulheres fortes,
acostumadas à dura realidade sertaneja, artesãs delicadas que usam arte para
seu sustento.
Brinquedos populares
A Paraíba de tradições e cultura também é a Paraíba dos sonhos de criança,
dos carrinhos e bonecas de madeira e de pano.
Do pião às mobílias infantis, a imaginação e a criatividade nas mãos de quem
usa os produtos de sua terra transformam as lembranças de criança no resgate
da cultura de um povo.
Tapeçaria
Apesar da tapeçaria não ser uma arte tradicionalmente paraibana, ela é hoje
um dos grandes fazeres artesanais do estado.
Trazida pelos pernambucanos, a tapeçaria mostra o talento de nossas artesãs,
que tecem peças de grande beleza. Seu trabalho é reconhecido pela riqueza de
detalhes e constitui lucrativa fonte de renda para mulheres que antes
sobreviviam apenas do ganho de seus maridos.
Crochê
Com a agulha grande de gancho na ponta e fios de algodão, avós e mães vêm
passando para seus netos e filhos a técnica do crochê por mais de 150 anos
no estado da Paraíba.
Blusas, xales, colchas, almofadas e passadeiras vão ganhando formas e cores
nas mãos talentosas dos artesãos das mais diversas regiões. Nos sítios ou
nas cidades, nas grandes vitrines ou na pele da mulher agricultora, o crochê
aparece do litoral ao sertão paraibano.
Pontos largos, pontos apertados, colorido ou discreto, o crochê permite a
confecção de produtos que garantem a satisfação de qualquer cliente com
qualquer gosto ou preferência. Os grupos mais representativos estão nas
cidades de Areial, Pocinhos, Picuí e na comunidades de Mata Redonda (Alhandra).
Cerâmica
A técnica de manipular ao barro e a partir dele criar objetos e utilitários
com características singulares está presente em todo território nacional.
Essa presença se justifica no fato de que nossos principais colonizadores, o
branco português, o negro africano e o índio que aqui vivia, todos
trabalhavam com o barro, com a cerâmica.
Na Paraíba, encontramos uma das mais ricas fontes naturais do barro "bom
para o artesanato". Essas jazidas encontram-se nas cidades de Caaporã e
Alhandra, onde a maioria dos oleiros e artesãos "pegam" a argila que
utilizam em suas peças.
O Cariri e o Sertão são possuidores de um barro altamente refratário de
coloração branca e vermelha. Trata-se de um barro que serve para a confecção
de panelas que, indo ao fogo, aguentam altas temperaturas, são próprias para
a utilização na culinária.
Por meio dos mais variados incentivos, os artesãos que trabalham com a
cerâmica vêm melhorando sua renda e aumentando a qualidade de vida de suas
famílias e o que é ainda mais importante, fortalecendo e perpetuando a
cultura e a identidade local paraibana.
Bordados
A técnica do bordado foi trazida para a Paraíba por missionárias européias
que ensinavam às jovens um oficio para que as mesmas, futuras donas de casa
e mães, obtivessem renda com a venda das peças e ajudassem seus maridos,
geralmente agricultores, no sustento da família.
A finalidade, embora machista e típica de uma época de repressão feminina,
deixou um saldo altamente positivo. É comum colhermos os depoimentos de
bordadeiras que uma vez viúvas ou com maridos "parados" pela estiagem,
cobrem todas as despesas de seus lares com a venda dos bordados.
As colchas, cortinas, passadeiras, etc, elaboradas com o mais fino ponto
cheio ou ponto de cruz, redendê e voganite já deixaram o estado, cruzaram o
Brasil e hoje estão chegando a outros países.
As encomendas que chegam a todo instante geram renda para grupos inteiros de
mulheres que, além da contribuição para a difusão da tradição artesanal
paraibana, sustentam seus familiares com mais dignidade.
Tecelagem
Os tecelãos paraibanos colocam em suas redes, mantas, tapetes e almofadas,
uma mistura viva de cores e formas que traduzem claramente a formação
"misturada" que o povo brasileiro possui, sobretudo o povo nordestino.
Do Litoral ao Sertão temos comunidades trabalhando e produzindo aquilo que
foi identificado como maior expansão do artesanato paraibano, a rede de
dormir.
Podemos destacar as cidades de Gurinhém, Campina Grande, Boqueirão, São
Bento e Aparecida como principais produtoras.
Atualmente, a Paraíba também desponta como único produtor de produtos
elaborados com a técnica da tecelagem utilizando o fio do algodão colorido,
ecologicamente correto e que não é tingido quimicamente, ele já nasceu com a
cor que vai ser fiado.
Fuxico e Retalhos
Quem nunca viu, na casa da avó ou nas fotos antigas de família, alguma
colcha colorida de retalhos?
Pedacinho por pedacinho, ponto a ponto, o colorido dos retalhos vão se
unindo e formando também tapetes, passadeiras, almofadas e, bem mais
recente, até blusas e bolsas.
A arte do fuxico e das peças com retalhos, que por muitos e muitos anos
foram passando de geração em geração, ganharam força com o advento da
preocupação com as questões ambientais e ecológicos. O reaproveitamento do
tecido é um processo que garante que aqueles resíduos não serão colocados no
meio ambiente em forma de poluição.
Atualmente, até as mais famosas marcas aplicam as técnicas do fuxico e de
reaproveitamento de tecido em suas peças. Os mais conceituados estilistas do
Brasil e do mundo usam essas aplicações em suas coleções.
Em todas as regiões do estado da Paraíba são produzidas peças com fuxico e
com retalhos por artesãos jovens, adultos e idosos.
Metais
Galos, galinhas, passarinhos e esculturas são produzidos com flandre e com
metal por artesãos paraibanos, que colhem o que viraria lixo e transformam
em belas peças, hoje vendidas e admiradas no Brasil e no mundo.
Latas de óleo, latas de leite, restos de peças de automóveis, parafusos e
pregos usados, tudo é tratado, lixado e reaproveitado para fazer arte.
Com o repasse de fazer artesanal, jovens paraibanos descobrem a alegria de
ganhar seu próprio sustento e a esperança de nunca sair de seu lugar de
origem. É o sucesso de uma tríplice aliança: a preocupação com o meio
ambiente, com a geração de renda e com a dignidade do cidadão artesão.
Artesanato Indígena
O artesanato indígena é a única expressão genuinamente brasileira do
segmento, ou seja, que não foi trazida por outros povos. É a mais pura e
rica tradução de nossa cultura, materializada em um objeto.
Cestaria, cerâmica e enfeites, como bijouterias, saias e cocares, são as
peças produzidas por nossos índios que, até os dias atuais, ainda utilizam
os mesmos costumes e técnicas.
Na Zona da Mata paraibana, os índios-artesãos encontram-se, em sua maioria,
nas Aldeias de São Francisco, Galego, Tramataia e Aldeia Forte, que fazem
parte dos municípios de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação.
O artesanato indígena, produzido na Paraíba, é mais representativo nos
objetos de cestaria e adorno pessoal, todos feitos com fibras vegetais,
sementes e quengas de coco.
Macramê
O macramê é conhecido popularmente como a técnica de dar nós, muito
utilizado para produzir varandas de redes de dormir, franjas de toalhas, de
colchas e em tapetes, pode ser trabalhado com fios de algodão ou fios de
fibras naturais.
Atualmente, a técnica do macramé é bastante usada, também, para aplicações
em peças do vestuário feminino como blusas, vestidos e saias.
Na Paraíba, encontramos muitos artesãos que trabalham com essa técnica
herdada dos nossos colonizadores europeus. Esses artesãos são mais
concentrados onde existe a produção de redes de dormir, no entanto, em
outros locais e regiões, sem nenhuma ligação com a tecelagem, começam a
surgir grupos que usam fitas, fios e fibras no fazer artesanal dessa
técnica.
PERSONALIDADES
Hulk
Givanildo Vieira de Souza, mais conhecido como Hulk, é um dos recentes
destaques esportivos da Paraíba, que tem brilhado para todo o mundo, nos
campos de futebol. Ele nasceu no dia 25 de julho de 1986, em Campina Grande.
Hulk começou sua carreira como lateral, ainda adolescente. Tempos depois,
passou a atuar como atacante. No Brasil, ele ganhou certa notoriedade quando
jogava no time Vitória, da Bahia. Contudo, com apenas 18 anos, ele deixou o
clube e foi para o Japão, onde jogou pelos times Kawasaki Frontale, Tokyo
Verdy e Consadole Sapporo.
Em 2008, Hulk foi transferido para Portugal, onde atuou pelo Futebol Clube
Porto. Atualmente, ele possui contrato firmado com o time Zenit, soma em seu
currículo diversos jogos vestindo a camisa da seleção brasileira e é dono de
um dos passes mais caros da história do futebol. Em campo e fora dele, Hulk
faz questão de destacar suas origens e seu orgulho por ser paraibano e
nordestino.
Aline Pará
A Paraíba também possui representante no handebol. Um grande nome que leva o
nome do Estado pelo mundo afora neste esporte é a pessoense Aline Waleska
Rosas Lopes, mais conhecida como Aline Pará. A vida acadêmica fez a atleta
descobrir sua paixão pelo handebol logo cedo. Uma bolsa de estudos que Aline
ganhou em 1992 exigia que ela praticasse a modalidade, e, com o tempo, ela
faz de tal "exigência" a sua profissão.
Em 1995, Aline viveu um importante momento em sua carreira, ao ser eleita a
melhor jogadora do Campeonato Brasileiro de handebol. Mas outros grandes
momentos ainda estavam por vir. Defendendo o uniforme da seleção brasileira,
ela foi medalha de ouro no Panamericano de São Domingos e fez participações
memoráveis em Olimpíadas.
Edinanci Fernandes da Silva
No judô, a Paraíba apresentou ao mundo uma atleta fenomenal. Edinanci
Fernandes da Silva, natural de
Sousa, sertão do Estado, nasceu em 23 de
agosto de 1976, mas, ainda garota, se mudou com a família para Campina
Grande, onde começou a treinar judô aos 15 anos, por recomendação médica, já
que sofria de labirintite. Após ter seu potencial para o esporte descoberto,
ela se mudou para São Paulo.
Não demorou muito para ela brilhar para o mundo. Representando o Brasil,
Edinanci conseguiu medalha de ouro nos Jogos Panamericanos de 2003, na
República Dominicana, e na edição dos jogos em 2007, no Rio de Janeiro, se
tornando a primeira judoca brasileira a faturar ouro em duas edições
consecutivas da competição. A paraibana também faturou medalha de bronze no
Campeonato Mundial de Judô, nas edições de 1997 e 2003.
Em 1996, quando se preparava para competir em sua primeira Olimpíada,
realizada em Atlanta, Edinanci se viu diante de uma polêmica. Ela teve que
passar por um teste de feminilidade, o que a levou a participar dos jogos
psicologicamente abalada. Por duas décadas, Edinanci Silva foi referência
nas categorias médio (72kg) e meio-pesado (78kg) no judô feminino
brasileiro. Em 2010, ela decidiu se aposentar.
Ednalva Laureano da Silva
A maratonista Ednalva Laureano da Silva, mas conhecida como Pretinha, é uma
paraibana que, literalmente, correu muito brilhar no mundo inteiro. Ela
nasceu no sítio Geraldo, em Alagoa Nova, e é filha do casal de agricultores
Sebastião Lauriano da Silva e Maria do Carmo Lauriano da Silva. Na infância,
ela trabalhou na agricultura com os pais e 11 irmãos plantando feijão,
batata, mandioca e laranja.
No ano de 1998, Pretinha conheceu o professor Josenildo Sousa, que a
incentivou e apoiou a praticar o atletismo. Assim teve início uma carreira
de grandes conquistas. Entre os títulos obtidos pela atleta destacam-se:
bicampeã da Corrida de Reis de Brasília; bicampeã do troféu Cidade de São
Paulo; tricampeã da Corrida 10 km do Brasil; tricampeã da Corrida Tribuna de
Santos, em São Paulo; 2º lugar na Volta da Pampulha, em Belo Horizonte; 1º
lugar na Corrida de São Fernando, no Uruguai; e 2º lugar na Prova de Pista,
em Portugal.
Além disso, ela obteve vários troféus conquistados em provas locais e boas
colocações em corridas de destaque a exemplo da São Silvestre, em São Paulo.
Kaio Márcio
A Paraíba também tem seu nome representado nas piscinas pelo mundo afora. O
pessoense Kaio Márcio Ferreira da Costa Almeida é um grande representante da
natação brasileira, se destacando como especialista no nado borboleta.
O nadador teve influência do pai, José Márcio, quando começou a nadar no
Esporte Clube Cabo Branco, na capital paraibana. Em suas primeiras
competições, Kaio tinha apenas 15 anos. Contudo, a relação dele com as
piscinas começou ainda mais cedo, por indicação médica, quando ele tinha
apenas 9 anos.
Carreira precoce, muito bem sucedida. Em 2005, ele foi escolhido pelo Comitê
Olímpico Brasileiro como o melhor nadador do país. Em dezembro do mesmo ano,
ele conseguiu estabelecer um novo recorde mundial nos 50 metros borboleta em
piscina curta (25 metros).
No ano seguinte, Kaio sagrou-se campeão mundial nos 100 metros borboleta no
campeonato mundial de piscina curta, em Shangai. Em 2007, conquistou duas
medalhas de ouro nos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, nas provas de
100 e 200 metros borboleta, e foi prata no revezamento 4x100, medley.
Depois disso, Kaio bateu, ao menos, quatro recordes sulamericanos. Até hoje
ele representa o Brasil nos principais torneios de natação do mundo e é um
dos maiores orgulhos do povo paraibano, no cenário esportivo.
Zé Marco
A Paraíba também possui seu nome cravado na história do vôlei de praia. Tudo
graças ao talento e garra do pessoense José Marco Nóbrega Ferreira de Melo,
o Zé Marco. Ele nasceu no dia 19 de março de 1971. Atuou no vôlei de praia
acompanhado de seu parceiro Ricardo, participando das Olimpíadas de Atlanta,
em 1996, conseguindo o nono lugar; e da de Sydney, em 2000, quando conseguiu
a medalha de prata.
O atleta paraibano começou jogando handebol e vôlei de quadra, mas resolveu
abandonar o curso de Administração de Empresas para se dedicar ao vôlei de
praia. Fazendo dupla com Ricardo, chegou a ser considerado o melhor jogador
do mundo. Hoje, se aposentou do esporte e ocupa um cargo público no Governo
do Estado. Ao longo de sua carreira, ele sagrou-se bicampeão brasileiro,
campeão sul-americano e tricampeão mundial.
Outras Personalidades da Paraíba
Ascendino Leite
Assis Chateaubriand
Augusto dos Anjos
Celso Furtado
Chico César
Cláudia Lira
Elba Ramalho
Flávio José
Genival Lacerda
Geraldo Vandré
Herbert Vianna
Jackson do Pandeiro
José Américo de Almeida
João Câmara
João Pedro Teixeira
José Dumont
José Lins do Rego
José Nêumanne Pinto
Luiz Carlos Vasconcelos
Marcélia Cartaxo
Mayana Neiva
Paulo Pontes
Pedro Américo
Roberta Miranda
Sivuca
Vladimir Carvalho
Walter Carvalho
ECONOMIA da Paraíba
A economia paraibana se baseia na agricultura, principalmente de
cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, cajú, manga, acerola,
mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino,
castanha de caju, arroz, café e feijão. Nas indústrias, as alimentícia,
têxtil, de couro, de calçados, metalúrgica, sucroalcooleira se destacam. A
pecuária de caprinos e o turismo também são relevantes. O PIB do Estado, em
2007, foi de R$ 22.202.000.000,00 e o PIB per capita foi de R$ 6.097.
O transporte marítimo é fundamental à economia. As exportações e importações
são operadas principalmente por meio do Porto de Cabedelo e pelas estradas.
São mais de 5.300 quilômetros de rodovias, 4.000 km estaduais e 1.300 km
federais. O sistema ferroviário faz o transporte de cargas entre João Pessoa
e várias localidades do Estado. o Estado ainda conta com dois terminais
aéreos: Aeroporto Castro Pinto, distando 8 km de João Pessoa, com pista de
2.515 m, de boas condições para aterrissagem de aviões de grande porte,
opera com linhas regulares nacionais e internacionais do sistema Charter; e
o Aeroporto João Suassuna, localizado vizinho ao Distrito Industrial de
Campina Grande, opera com vôos diários para Brasília e o Sul, via Recife. Já
o Porto de Cabedelo, a 18 km de João Pessoa, é o mais oriental do Brasil.
Tem 700 m de extensão e 300 m de largura. Movimentou 1,2 milhões de
toneladas em 1995, destacando-se o petróleo, carga geral e cereais. É
equipado a contento para a movimentação de cargas gerais e containeres.
As cidades paraibanas que tem maior destaque no seu PIB, valores em R$
1.000,00, são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande com 2.718.189,
Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280,
Bayeux com 444.259, Patos
com 413.028,
Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326
e Conde com 210.440. Já o maior PIB per capita permanece com Cabedelo desde
2003. A distribuição espacial do PIB da Paraíba segundo, cada Região
Geoadministrativa, demonstra uma forte concentração da economia estadual em
três pontos: João Pessoa, Campina Grande e Guarabira – que, conjuntamente,
representaram 75% do PIB estadual, em 2009. Da mesma forma, o município sede
de cada uma dessas regiões foi o centro dinâmico da economia local.
João PessoaJoão Pessoa – Em 2009, João Pessoa continuou sendo o
centro dinâmico da economia paraibana, tendo um incremento de 12,8% no valor
de seu PIB (passou de R$ 7,658 bilhões, em 2008, para R$ 8,638 bilhões, em
2009), em decorrência do crescimento no Valor Adicionado e nos tributos
relacionados ao processo produtivo. Isso contribuiu para que sua
participação no PIB estadual passasse de 29,80%, em 2008, para 30,12%, em
2009. As atividades econômicas que tiveram maior relevância para o
crescimento nominal do PIB estão no setor secundário, mais especificamente,
nos ramos de alimentos, bebidas, têxtil e calçados da indústria de
transformação. O setor de serviços continuou a ter o maior peso da economia
da Capital paraibana, em 2009.
Campina Grande – É o segundo maior centro econômico
do Estado, caracterizando-se como entreposto distribuidor para diversas
cidades da Paraíba e do Nordeste. As atividades econômicas mais importantes
no município são o comércio, a indústria de transformação, a administração
pública e a educação de nível superior, tanto pública (o município sedia
duas universidades, sendo uma estadual e outra federal) quanto privada.
Possui também dois importantes polos tecnológicos, nas áreas de couro e
calçados e de tecnologia da informação. O valor do PIB municipal passou de
R$ 3,458 bilhões, em 2008, para R$ 3,894 bilhões, em 2009, um crescimento
nominal de 12,6%. Com isso, a participação de Campina Grande no PIB
paraibano ficou relativamente estável no período (passou de 13,5%, em 2008,
para 13,6%, em 2009). A atividade que mais contribuiu para que a economia
campinense registrasse um resultado positivo foi o comércio, com crescimento
de 1,1% – a participação no valor do comércio estadual passou de 12,6%, em
2008, para 13,4%, em 2009.
Cabedelo – Terceira maior economia municipal, cuja
dinâmica assenta-se principalmente no comércio, nas atividades imobiliárias
e na indústria de transformação. Ressalte-se a existência de ramos da
indústria que estão ligados às importações paraibanas, destinadas ao
beneficiamento e à distribuição em seu território e no Nordeste, como as
unidades de combustíveis, petróleo e cooke, bem como de trigo. Também são
consideradas as atividades de alojamento e alimentação, ligadas à cadeia
produtiva do turismo, e as relativas aos serviços de movimentação de cargas
do Porto, o maior existente no Estado. A pesquisa constatou crescimento de
6,8% no PIB desse município, que passou de R$ 2,185 bilhões, em 2008, para
R$ 2,333 bilhões, em 2009.
Santa Rita – Quarta maior economia municipal do Estado,
a cidade possui base produtiva na agropecuária e na indústria. Na
agropecuária, destaca-se a produção de abacaxi, cana-de-açúcar, mamão e
mandioca. A bovinocultura também é expressiva nesse município. No setor
secundário, destaca-se a indústria de transformação, mais especificamente os
ramos de calçados, fabricação de velas, estofados, minerais não-metálicos
(cerâmicas e tijolos), pré-moldados, bem como a indústria sucroalcooleira
(açúcar, rapadura e álcool). Este município tem a maior incidência de fontes
de água mineral do Estado e, por isso mesmo, possui várias indústrias nesse
segmento. O valor do PIB de Santa Rita passou de R$ 0,979 bilhão, em 2008,
para R$ 1,139 bilhões, em 2009, um incremento nominal de 16,3%, que fez com
que sua participação no PIB estadual passasse de 3,8% para 4%.
Patos – Quinta economia municipal do Estado da Paraíba, com
dinâmica econômica no comércio, na indústria e no setor primário. No
comércio, é um importante pólo distribuidor de bens e serviços para ouost
municípios do Sertão paraibano e dos Estados de Pernambuco e Rio grande do
Norte. Na indústria de transformação, destacam-se os ramos de calçados,
óleos vegetais e beneficiamento de cereais. No setor primário, destacam-se a
pecuária (criação de bovinos e caprinos) e a agricultura (produção de milho,
feijão e algodão), em anos de bom inverno. O valor do PIB de Patos passou de
R$ 543,033 milhões, em 2008, para R$ 615,181 milhões, em 2009, um incremento
nominal de 13,3%.
Cinco menores PIB – No grupo dos municípios com os menores valores do PIB em
2009, temos Quixabá (R$ 8.295), Areia de Baraúnas (R$ 8.849), São José do
Brejo do Cruz (R$ 8.949), Amparo (R$ 9.380) e Coxixola (R$ 9.451). A
variação nominal de 11,8% no valor do PIB paraibano entre 2008 e 2009
(passou de R$ 25,697 bilhões para R$ 28,719), ocorreu de forma diferenciada
entre os seus municípios, havendo casos de elevações positivas bem
superiores à média estadual e, no extremo oposto, variações negativas de
valores.
GASTROMONIA
Pratos variados para agradar paladares diversos. Assim é a culinária
paraibana, uma fusão de cardápio que foi se definindo ao longo dos tempos,
com forte influência da mistura de raças, costumes e culturas que passaram
pelo Estado desde sua criação. Dos indígenas, por exemplo, foi herdado o uso
da mandioca - ou macaxeira - , principalmente das variações de pratos
proporcionados por sua farinha. Dos escravos, a Paraíba recebeu toques da
culinária oriunda da África, como o cultivo da cana de açúcar e o uso
intensivo de peixes e crustáceos. Os molhos e misturas também traduziam essa
referência estrangeira, como o uso do leite de coco, pimentas, azeites,
combinados com temperos e ervas indígenas ou trazidas pelos portugueses de
outras colônias, na África e na Ásia.
A gastronomia paraibana foi se moldando com essa comunhão de tradições e
criando especificidades nas diferentes regiões do Estado. No litoral, com o
passar do tempo, os frutos do mar ganharam espaço de destaque, com pratos
que levam peixes, camarões, caranguejo e lagostas, que geralmente se tornam
ainda mais saborosos com um toque especial de molho de coco ou de tomate. Os
petiscos de beira de praia, servidos em ambientes simples, variam entre
caldinhos, ensopados, peixes e camarões empanados e o famoso caranguejo,
degustado com ou sem molho. O peixe inteiro, que pode ser cavala ou cioba,
também faz sucesso, servido frito e com acompanhamentos diversos.
Apesar das influências externas, na mesa do paraibano também não faltam
alimentos típicos da região. No interior, a carne de sol, a carne de bode e
a galinha a cabidela são mais recorrentes no cardápio. A buchada de bode
costurada, por exemplo, é apontada por muitos estudiosos como uma iguaria
genuinamente paraibana. No prato regional, arroz de leite ou de queijo,
feijão verde, farofa, manteiga da terra e muito coentro - tempero forte,
preferido dos nordestinos.
Outra delícia paraibana, é o queijo coalho, que pode ser servido na chapa,
dentro da tapioca, misturado com doces. Consiste de um queijo de massa
branca, pouco salgado e levemente ácido, casca quase uniforme com a massa
interna, dependendo do tempo de maturação.
Na região do sertão, devido à escassez de gêneros vegetais verdes e frescos,
à estiagem frequente e à presença do gado bovino, ovino e caprino, o
cardápio tem na carne e nos grãos estocáveis o seu principal eixo. O arroz
da terra - ou arroz vermelho - é uma cultura restrita ao semiárido
paraibano, dando base ao rubacão e ao baião de dois. Já no brejo, um ponto
que merece destaque é a força da cultura da cachaça. A região concentra os
engenhos que apresentam as principais marcas da bebida em todo o país.
De forma geral, em toda a Paraíba, são muito presentes a tapioca – sobretudo
a básica, de coco ou manteiga -, e receitas com base no milho, como cuscuz,
canjica, mungunzá e pamonha, muito típicas durante o período junino. Outros
doces também são tradição na culinária do Estado, com destaque para a
rapadura, a paçoca e a cocada. Esta última, inclusive, ganhou versões e
cores peculiares, como a que utiliza a própria quenga do coco para ser
servida.
As frutas tropicais são outro aspecto da boa cozinha paraibana, já que são
produzidas durante quase todo o ano. Com uma variedade enorme, as frutas
mais procuradas são a graviola, o caju, coco verde, manga, cajá, acerola e
mangaba. A Paraíba também se destaca como maior produtor de abacaxi do país,
fruta que é até mesmo exportada. De todas essas delícias da natureza, também
se encontram nas versões de sucos e sorvetes.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
A Paraíba surpreende pelas singularidades que encantam seus moradores e seus
visitantes. A Capital do Estado, João Pessoa, é considerada uma das cidades
mais arborizadas do planeta e, por ter recebido distinção da coroa
portuguesa já no ano de sua fundação, 1585, guarda o título de terceira
cidade mais antiga do Brasil. É aqui onde fica o ponto extremo oriental das
Américas – a Ponta do Seixas, e a Estação Cabo Branco Ciências Cultura e
Arte, uma obra grandiosa de Oscar Niemeyer.
Oficialmente, existem quatro regiões metropolitanas no Estado da Paraíba:
João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira, que englobam municípios
ricos em cultura, em potencialidades econômicas e em belezas naturais.
Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba tem uma população de 3.769.977
habitantes e ocupa o 5º lugar entre os Estados nordestinos mais populosos. A
densidade demográfica estadual é de 84,52 hab./km². A população é formada,
em sua maioria, por pardos, somando 52,29%, seguido pelos brancos, com
42,59%; pelos negros, com 3,96%; pelos amarelos ou indígenas, com 0,36% e os
sem declaração, com 0,79%.
O Estado oferece aos seus visitantes uma infinidade de roteiros, que vão das
praias paradisíacas do litoral, passando pelos encantos das cidades
históricas e pelos canaviais, até os mistérios do interior, que engloga
sertão, brejo e cariri.
As praias dos litorais Sul e Norte estão entre as mais bonitas do Brasil. As
urbanas de João Pessoa, como Tambaú, Cabo Branco e Bessa, concentram
praticantes de esportes e turistas. Para os naturalistas, a praia de Tambaba,
no município do Conde, é a ideal, pois é permitida a prática do nudismo. A
de Coqueirinho é considerada entre as mais bonitas do país por diversos
guias turísticos. Na praia Fluvial do Jacaré, pode-se ouvir o Bolero de
Ravel ao observar o pôr-do-sol.
Já o interior oferece aos visitantes rupestres, rastros de dinossauros,
cachoeiras e antigos engenhos de cana-de-açúcar. Nos municípios, o
artesanato também encanta turistas, que podem conferir peças únicas como a
renda renascença, de reconhecimento internacional, e o algodão colorido,
usado por estilistas de renome no país. Isso sem falar na arte em
marchetaria, estopa e argila, por exemplo. Além da diversidade de cenários,
a Paraíba oferece diversão com eventos de porte nacional, como o Maior São
João do Mundo, realizado em julho em Campina Grande, e das prévias
carnavalescas em João Pessoa, que contam com as "Muriçocas do Miramar", um
dos maiores bloco de arraste do mundo. A cultura é um dos fortes do Estado,
que inclui artesanato, personalidades, música e diversas manifestações em
literatura, teatro e cinema.
GEOGRAFIA
O clima da Paraíba é tropical úmido no litoral, com chuvas abundantes. À
medida que nos deslocamos para o interior, depois da Serra da Borborema, o
clima torna-se semi-árido e sujeito a estiagens prolongadas e precipitações
abaixo dos 500mm. As temperaturas médias anuais ultrapassam os 26°C, com
algumas exceções no Planalto da Borborema, onde a temperatura é de 24°C.
A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes e
bastante antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões
de anos. Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de
minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e
paleontológicos também resultam da idade geológica desses terrenos.
No litoral, temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras
arenosas. Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados por
acúmulos de terras que descem de lugares altos. No Agreste, temos algumas
depressões que ficam entre os tabuleiros e o Planalto da Borborema, onde se
encontram muitas serras, como a Serra de Araruna, a Serra de Cuité e a Serra
de Teixeira. Encontra-se no município de Araruna a Pedra da Boca. No sertão,
temos uma depressão sertaneja que se estende do município de Patos até após
a Serra da Viração.
A vegetação litorânea da Paraíba apresenta matas, manguezais e cerrados, que
recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos
tortuosos, predominantemente representados por batiputás e mangabeiras,
entre outras espécies. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a
presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira.
Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de
suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.
A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela
presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da
região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou
arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o
mandacaru.
DIVISAS
da
Paraíba
Ocupando uma área de 56.439 km² de área territorial brasileira, a Paraíba
está situada a leste da região Nordeste e tem como divisas o Estado do Rio
Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o
Ceará a oeste. Com 223 municípios, o Estado da Paraíba é dividido em 4
mesorregiões e 23 microrregiões. O Estado tem 98% de seu território inserido
no Polígono da Seca.
É na Paraíba que se encontra o ponto mais oriental das Américas, conhecido
como a Ponta do Seixas, em João Pessoa. Devido à sua localização geográfica
privilegiada, o extremo oriental das Américas, a Capital paraibana é
conhecida turisticamente como "a cidade onde o sol nasce primeiro".
ESPORTES na Paraíba
O esporte paraibano tem no futebol sua maior tradição. Oficialmente, o
esporte bretão foi introduzido no Estado no ano de 1908, por um grupo de
acadêmicos, durante o período de férias. Na ocasião, um dos estudantes, José
Eugênio Soares, trouxe do Rio de Janeiro uma bola de futebol. Juntamente com
colegas, ele fundou o Club de Foot Ball Parahyba e, com a equipe, promoveu a
primeira exibição pública de futebol em solo paraibano. O crescimento da
tradição do futebol era evidente e, em 5 de março de 1914, foi fundada a
Liga Parahyba de Foot Ball.
No dia 3 de maio de 1919, em uma reunião com representantes dos clubes
existentes, surgiu uma nova entidade que recebeu o nome de Liga Desportiva
Paraibana (LDP). O primeiro jogo oficial determinado pela então LDP, foi
realizado no Hypodromo Parahybano, no dia 25 de maio do ano de 1919. Cabo
Branco venceu a equipe do Royal por 1 x 0. Em 1941, foi criada a Federação
Desportiva Paraibana, que passou a ser chamada, em 1947, de Federação
Paraibana de Futebol até os dias atuais. Nas duas últimas décadas, os
títulos de campeão estadual foram conquistados pelas equipes do Treze,
Sousa">Sousa, Campinense, Botafogo, Santa Cruz e Confiança.
Nas piscinas - Na piscina, a Paraíba também tem história. A tradição dos
esportes aquáticos no estado teve início na década de 60, pelos clubes Cabo
Branco e Astrea, em João Pessoa. Primeiramente, a natação foi o esporte mais
evidente e, uma década após a popularização dela, foi a vez do polo aquático
também ganhar força. As grandes conquistas paraibanas nos esportes aquáticos
tiveram início em 1979, quando Kay France, atleta paraibana, conseguiu
realizar a travessia do Canal da Mancha, localizado entre a França e a
Inglaterra, conquistando o recorde mundial e o título de primeira mulher
latino-americana a alcançar tal proeza.
Nas duas últimas décadas, a natação passou a se desenvolver de maneira mais
qualitativa no estado, com a conquista paraibana de títulos nacionais e
internacionais. Dentre os internacionais, o maior destaque foi o do atleta
Kaio Márcio, campeão e recordista mundial, sem sombra de dúvida o maior
nadador paraibano de todos os tempos.
As atividades de Nado Sincronizado, Polo Aquático e as Maratonas Aquáticas
passaram a ser realizadas de forma mais sistematizada na Paraíba. A Natação
Master se desenvolveu bastante, por meio da realização de vários campeonatos
regionais e nacionais.
No mar - Das piscinas para o mar, a Paraíba tem ganhado força em esportes
como o kitesurf e windsurf. Naturalmente, existe um cenário bastante
atrativo par isso: ventos constantes durante todo o dia por, pelo menos,
oito meses ao ano; áreas seguras para decolar; mar raso e sem ondas;
temperatura agradável da água. Esses atributos têm tornado o litoral
paraibano em um dos polos mais atrativos para a prática desses esportes, no
Brasil.
Mesmo a Paraíba não apresentando grandes ondas em seu litoral, o Estado
também tem revelado ao mundo grandes representantes do surf, desde atletas
já consagrados no esporte - como Fábio Gouveia, Saulo Carvalho, Ulisses
Meira, Diana Cristina, Jano Belo, Alan Saulo e Erbeliel Andrata -, aos
talentos da nova geração, como Elivelton Santos e José Francisco.
Paratletas – No esporte, a Paraíba também é exemplo de superação, e se
destaca com as conquistas de seus paratletas. Títulos mundiais recentes são
reflexos disso. Nas Paralimpíadas de Londres, em 2012, quatro paratletas do
estado - Daniel Dantas, Fábio Luiz, Marcos José e Severino Gabriel -
ganharam medalha de ouro no futebol de cinco. No goalball e na natação, José
Roberto e Phelipe Andrews, respectivamente, foram medalha de prata, também
na Paralimpíadas.
SÍMBOLOS
da Paraíba
Brasão da Paraíba
O Brasão da Paraíba foi oficializado pelo Presidente da Província da
Paraíba, Castro Pinto (1912-1915). Ele é usado como timbre nos papéis
oficiais. Observando-se seu desenho, vê-se que é formado por três ângulos na
parte superior e um na parte inferior. Contém estrelas, que respeitam a
divisão administrativa do Estado. No alto, uma estrela maior, com cinco
pontas e um círculo central, onde se vê um barrete frígio significando
liberdade.
No interior do escudo, há duas paisagens: um homem guiando o rebanho
(sertão) e o sol nascente (litoral). Circundando-o, encontra-se uma ramagem
de cana-de-açucar à esquerda, e à direita, uma de algodão. As duas ramagens
são presas por um laço, em cujas faixas está inscrita a data de fundação da
Paraíba: 5 de agosto de 1585.
Hino
Letra de:
Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1856-1916)
Música de:
Abdon Felinto Milanez (1858-1927)
Apresentado pela 1ª vez em 30/06/1905 Salve, berço do heroísmo, Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob o
Céu do Amor traçada!
No famoso diadema Que da Pátria a fronte aclara Pode haver mais ampla gema:
Não há Pérola mais rara!
Quando repelindo o assalto Do estrangeiro, combatias, Teu valor brilhou tão
alto Que uma Estrela-parecias!
Tens um passado de glória, Tens um presente sem jaça: Do Porvir canta a
vitória E, ao teu gesto-a Luz se faça!
Salve, ó berço do heroísmo, Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob
o Céu do Amor traçada!
Bandeira da Paraíba
A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de
1930, por meio da Lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do Estado, que
vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). A bandeira como conhecemos
atualmente foi idealizada nas cores vermelha e preta: o vermelho representa
a cor da Aliança Liberal, e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a
morte de João Pessoa, presidente do Estado em 1929 e vice-presidente do
Brasil em 1930, ao lado do presidente Getúlio Vargas.
A palavra "Nego" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no
presente do indicativo da primeira pessoa do singular (era ainda utilizado
com acento agudo na letra "e", isto quando foi adotada a bandeira em 1930),
remetendo à não-aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado
pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de
julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do
Estado, Pedro Moreno Gondim, pelo Decreto nº 3.919, como "Bandeira do Négo"
(ainda com acento agudo na letra "e"), em vigor até os dias atuais. O preto
ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços.
Paraíba
é uma cidade do Estado da Paraíba www.guiaparaibano.com.br
.
Mais informações aqui no GUIA Paraibano História da Paraíba Música e Teatro na Paraíba Artesanato da Paraíba
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