Conhecida como “A morada do Sol”, Patos é um município brasileiro no estado
da Paraíba, localizado na mesorregião do Sertão Paraibano. Distante 307 km de
João Pessoa, sua sede localiza-se no centro do estado com vetores viários
interligando-o com toda a Paraíba e viabilizando o acesso aos Estados do Rio
Grande do Norte, Pernambuco e Ceará. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), no ano de 2009 sua população era estimada em
100.732 habitantes. Patos é a 3ª cidade polo do estado da Paraíba, considerando
sua importância socio-econômica.
Um pouco da sua história - Tomando por base a Bacia do Paraíba, no que se refere
aos seus antigos habitantes, os registros da história apontam os índios Cariris
como pioneiros na exploração, com fixação predominante na região da Borborema,
além dos aglomerados situados nas margens dos rios do Peixe e Jaguaribe.
Com a chegada da Nação Potiguara, proveniente do sul do Brasil, que se localizou
no litoral paraibano, passou a existir a luta pelo domínio territorial,
obrigando a retirada da primeira tribo, com destino ao interior. Nessa fuga da
taba original ocorreu uma desagregação, com a formação de novos grupos,
proclamados como independentes, dentre os quais Pegas e Panatis que se situaram
na região das Espinharas.
No século XVII, começaria o embate entre índios e brancos, época em que a
família Oliveira Ledo, vinda da célebre Casa da Torre, nas margens do São
Francisco, chegava ao Sertão depois de atuar no Cariri, com o objetivo de
conquistar a propriedade das terras, para efeito de colonização. As duas
organizações indígenas aqui situadas, somadas aos Coremas que fixaram moradia no
Vale do Piancó, reagiram contra os desbravadores, numa luta das mais aguerridas,
até a consolidação da soberania dos brancos, que finalmente puderam plantar a
semente da civilização futura.
No encontro dos rios: Cruz, cuja nascente está localizada no sopé do Pico do
Jabre e Farinha, originado na Serra da Viração, numa encruzilhada de caminhos,
onde os tropeiros faziam parada, atraídos pela água corrente e os seus animais
se deliciavam com a fartura das pastagens, estava o cenário escolhido para a
implantação das primeiras fazendas de gado. Com a união desses cursos de água
natural veio a formação do terceiro rio, o qual fora denominado pelos índios de
Pinharas e traduzido para a língua dos brancos como Espinharas, levando-se em
consideração os inúmeros arbustos espinhentos que existiam no local, a exemplo
de xique-xique, unha de gato, coroa de frade, urtiga e faveleira. Bem ao lado
encontrava-se uma lagoa onde muitos patos fizeram o seu habitat natural, aves
que seriam fonte de inspiração para a denominação do lugarejo.
João Pereira de Oliveira foi o primeiro a se fixar com fazendas de gado em solo
das Espinharas. Ele recebera uma doação do pai, Antônio de Oliveira Ledo, cuja
terra, na localidade Farinha, foi demarcada em 1670 e confirmada pelo então
Governador do Brasil, Alexandre de Sousa Freire.
José Permínio Wanderley, citou em seu livro "Retalhos do Sertão" que João
Pereira de Oliveira, vendeu a referida propriedade ao Coronel Domingos Dias
Antunes que mais tarde adquiriu também do seu contemporâneo, o Sargento-mor José
Gomes Farias, a fazenda Itatiunga, que em tupi guarani significa "Pedra Branca",
a qual fazia limite com a primeira. Por morte do coronel, as vastas terras foram
inventariadas com os filhos: Mariana e Antônio, sendo que esse último vendeu sua
herança ao Capitão Paulo Mendes de Figueiredo, que na referida época já residia
na Fazenda Patos.
A posição geográfica privilegiada, situada bem no centro do nosso Estado, fez
com que a povoação dos Patos (como era mais conhecida), sempre fosse alcançada
por quantos cruzassem o território paraibano de norte a sul, de leste a oeste, o
que acabou gerando um progresso rápido, admitido pelos viajantes da época,
chegando a despertar nas autoridades a necessidade de criação de um novo
município, tendo por sede a alvissareira localidade.
Na sessão de 05 de março de 1830, o Conselho do Governo da Província da Paraíba
decidiu pelo encaminhamento ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do
Império, o Marquês de Caravelas, do pedido de criação de três novas Vilas e
Câmaras: Bananeiras, Amélia do Piancó e Imperial dos Patos, a primeira
desmembrada de Areia e as duas outras de Pombal. O documento que foi enviado em
26 de março do mesmo ano era finalizado com o seguinte trecho: A oficialização
das três Vilas redundará em benefício tanto dos "fiéis súditos habitantes dos
respectivos lugares", como "em aumento da população e esplendor do Império". Em
09 de maio de 1833, durante sessão extraordinária do Conselho da Província, foi
aprovado o projeto de elevação da Vila dos Patos, cuja instalação se deu em 22
de agosto, após 66 anos de subordinação a Pombal. A partir de então o município
passou a existir, assinalando a emancipação política, com sua Câmara de
Vereadores, composta de 07 membros, consoante determinava a Lei de primeiro de
outubro de 1828, cabendo a ela a administração econômica e municipal. A primeira
composição teve os seguintes vereadores: José Dantas Correia de Góis, Jerônimo
José da Nóbrega, José Raimundo Vieira, Bernardo Carvalho de Andrade, João
Machado da Costa, Francisco Gomes Angelim e Manoel Cardoso de Andrade.
Vale registrar que tanto as vilas como as cidades possuíam autonomia de
município e eram governadas pela Câmara, nas vilas compostas de sete membros e
nas cidades de nove, constituindo a única diferença entre ambas. A escolha dos
vereadores se daria através do processo eletivo e o mais votado seria o
presidente. Cada Câmara teria um secretário. A mesma lei disciplinava,
inclusive, o modelo de juramento na posse que deveria ser vazado nos seguintes
termos: "Juro aos Santos Evangelhos desempenhar as ações de vereador e promover,
quanto em mim couber, os meios de sustentar a felicidade pública".
Com relação à atribuição das Câmaras, dizia a Lei que estas eram corporações
meramente administrativas e não exercia jurisdição contenciosa alguma. Teriam a
seu cargo tudo que dissesse respeito à polícia e economia das povoações e seus
termos. Para administrar os municípios elas dispunham de empregados, dentre os
quais se destacava o secretário, a quem cabia a escrituração de todo o
expediente; emitir certidões que lhe fossem requeridas; ter em boa guarda e
arranjo os seus livros. Não havia Prefeito, mas existia na estrutura das Câmaras
a figura do Procurador, que era um empregado, nomeado por quatro anos, ao qual
competia exercer atribuições de natureza executiva, tais como, arrecadar e
aplicar as rendas e multas, destinadas às despesas do Conselho; demandar perante
os Juízes de Paz a execução das posturas; defender os direitos das Câmaras
perante os juízes ordinários; dar conta das receitas e despesas todos os
trimestres no princípio das quatro sessões anuais. Vale salientar que a figura
do prefeito, como executivo municipal, existiu em algumas províncias,
isoladamente, e somente em fins do século XIX foi instituído tal cargo para
todos os municípios do Brasil, quer nas cidades, quer nas vilas.
No mesmo ano da emancipação, tivemos a instalação da Agência dos Correios, sendo
que o primeiro telegrafista foi José Alfredo dos Santos, mais tarde substituído
por Antônio Bezerra de Melo (pai do deputado José Joffily), enquanto que a
terceira indicação para o referido cargo recaiu sobre o nome de Fenelon
Bonavides. O primeiro Juiz da Comarca de Patos foi o Bacharel Francisco Claudino
de Araújo Guarita.
Em 30 de maio de 1839, por volta de 07:30 da manhã, a Imperial Vila dos Patos
recebeu a visita pastoral capitaneada por Dom João da Purificação Marquês
Perdigão, Bispo de Pernambuco, a quem se subordinava a Diocese da Paraíba, para
uma permanência de 07 dias, período em que crismou mais de 1.300 pessoas,
realizou várias celebrações eucarísticas e matrimoniais, levando a efeito uma
ampla campanha contra o amancebo bastante comum na época. A respeito deste
acontecimento há um curioso registro no diário de viagem, escrito pelo referido
pastor, transcrito por Celso Mariz, em seu Livro Ibiapina, o apóstolo do
Nordeste: “Nesse dia e no dia de ontem, sofri grande amargura por causa do
depravado procedimento do vigário, quando publicamente concubinado dentro de sua
casa com alguns filhos. Existem motivos pelos quais apenas pude conseguir que
este vigário depositasse a mulher e os filhos em outra casa, ainda mesmo dentro
da vila, o que neste dia se efetuou, depois de anoitecer dadas por mim às
providências para nunca mais entrar aquela mulher em casa do vigário, que
prometeu arranjá-la fora da vila. Deixei esse negócio recomendado ao Padre
Antônio Dantas e seu irmão, sub-procurador da mesma vila, para me avisarem da
correção do vigário ou em caso contrário.
Depois, mandou-me este vigário quatro
queijos, farinha, chouriços, duas mantas de carne e apenas recebi uma pequena
parte, rejeitando o resto”.
Em 1845, a Câmara Municipal de Patos, aprovou o seguinte artigo: “Todo dono de
casa habitada nas terras de agricultura apresentará anualmente, no mês de
setembro, 100 bicos de pássaros daninhos tendo escravos e 50 não os tendo, e nas
terras de criar os donos de escravos apresentarão 50 e os que não possuírem
escravos 25, sendo isentas as pessoas que a autoridade competente julgar
impossibilitadas. O infrator pagará dois mil réis de multa”. Naquela época, de
acordo com o censo realizado, tirado das relações que as juntas qualificadoras
enviaram à Presidência da Província, a população paroquial de Patos era de 1.524
fogos e 15 eleitores. Em 1851 a estatística chegava a 4.406 habitantes livres e
660 escravos.
Em 1853, é fundada na Paróquia de Nossa Senhora da Guia a Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e passa a ocupar o lugar de vigário da freguesia, o Padre
Manoel Cordeiro da Cruz. Em 24 de fevereiro de 1855 Patos já tinha agregadas a
sua igreja principal as capelas de Santa Luzia, Santa Maria Madalena, Nossa
Senhora da Conceição do Estreito e Nossa Senhora da Conceição de Passagem. Os
limites da Vila eram os seguintes: ao nascente – São João, poente –Piancó e
Pombal, ao Sul – Ingazeira (Província de Pernambuco), ao norte – Vila de Caicó
no Rio Grande do Norte. Com relação a sua composição, Patos contava com os
Distritos da Vila e de
Santa Luzia que se destacavam pela criação de gado,
cavalos, ovelhas e cabras, além do de Teixeira que produzia milho, arroz,
feijão, mandioca e algodão. No tocante aos acessos, possuía três estradas
principais: Ladeira da Onça e Canudos, ligando-a aos lugares vizinhos e a Pedra
D’água, utilizada para chegar à Capital e à Província de Pernambuco.
Um fato que causou tristeza, luto e preocupações no decorrer do século XIX, foi
o surto de cólera, iniciado no ano de 1856, que dizimou muitas vidas na região
sertaneja. Somente em Patos cerca de 80 pessoas foram acometidas do mal, com o
registro de 13 mortes. Na época o Governo da Província mandou construir um
Cemitério na localidade.
Em 1860, precisamente no dia 08 de outubro, às 07:15 da manhã, a Vila de Patos
recebeu a primeira visita de um Presidente da Província, Luiz Antônio da Silva
Nunes, que deliberou empreender uma excursão ao interior para melhor conhecer os
seus domínios. Sobre Patos não são lisonjeiras as informações por ele prestadas
em seu relatório. Constatou que o professor da escola de meninos não demonstrava
interesse pelo ensino, sendo visível a sua incapacidade para o magistério; a
igreja ameaçava ruir, com uma grande fenda no arco do cruzeiro e o cemitério
além de ser fechado por muros não tinha reboco. Em 1862, o Governo do Estado
edificou a Cadeia Velha, cuja obra custou 2.200$000 (dois contos e duzentos mil
reais), sendo seu construtor Severino José de Figueiredo que coincidentemente
foi o seu estreante.
Os registros da história político-administrativa de Patos são insuficientes no
tocante ao período compreendido entre 1848 e 1890, uma vez que no primeiro ano
citado sabe-se apenas que aconteceu, no dia 07 de setembro, a eleição para a
escolha da nova câmara sem a relação dos seus titulares. Já em 1856 encontramos
citações sobre a vitória em 12 de outubro dos seguintes vereadores: Jovino
Machado da Costa, Liberato Cavalcante de Carvalho Nóbrega, Victor de Sousa
Cavalcante, Jerônimo José da Nóbrega Júnior, Antônio Alves de Albuquerque,
Manuel Vieira da Silva e João Machado da Costa.
Ao longo da Legislatura iniciada em 1868, nove nomes de edis são apontados,
deixando a possibilidade de dois suplentes terem assumido em conseqüência do
falecimento ou afastamento de titulares por motivo de ordem superior: José
Claudino da Nóbrega, Jerônimo José da Nóbrega, João Vieira Arcoverde, José
Ferreira da Nóbrega, Aurélio da Costa Vilar, Honório Nóbrega Machado, José César
de Mello Júnior, Jorge Mendes Figueiredo e Francisco Pedro de Alcântara. Esse
mesmo grupo acabou por assumir a legislatura seguinte, em virtude da anulação do
pleito realizado em 07 de setembro de 1872, pela verificação de vícios de
irregularidades, sendo que o comunicado oficial sobre a substituição se deu em
primeiro de agosto de 1874. Entre 1887 e 1889 são citados como integrantes do
Poder Legislativo os seguintes membros: João Pedro Sátyro e Sousa, Justino Gomes
dos Santos, José Marques da Nóbrega, Leonardo César de Mello, Victor de Souto
Cavalcante, João Bernardo Ferreira Rocha, Elias Ribeiro da Silva e Antônio
Belarmino Tertuliano de Sá.
Em 04 de fevereiro de 1890 foi publicado o Decreto nº 07, dissolvendo as Câmaras
Municipais e determinando que o seu poder passasse a ser exercido por um
Conselho de Intendência, composto por três membros, nomeados pelo Governador do
Estado. No dia 28 do mesmo mês foi divulgada, através de Portaria, a relação
escolhida pelo dirigente maior da Província da Paraíba, sendo os titulares:
Miguel Firmino da Nóbrega, Manoel de Oliveira Machado, Josias Salatiel Vidiniano
da Nóbrega e na condição de suplentes: João Gualberto da Nóbrega, Damásio de
Araújo Costa e Silvino Xavier dos Santos. Em 14 de novembro do mesmo ano os dois
primeiros titulares foram exonerados e substituídos por Jerônimo José da Nóbrega
e José Venâncio da Nóbrega. Em 25 de fevereiro de 1891, a composição pioneira
volta a ser nomeada sob a presidência de Miguel Firmino da Nóbrega.
Com a deposição do Governo Estadual, em face das mudanças patrocinadas por
Floriano Peixoto, instalou-se na Paraíba uma Junta Governativa, tendo à frente o
General Savaget, a qual decidiu dissolver a Assembléia Legislativa e anular os
efeitos da Constituição de 1891. Em 14 de janeiro de 1892, são nomeados para o
Conselho de Intendência da Vila de Patos: Presidente - Vigolvino Pereira
Monteiro Wanderley, Miguel Sátyro e Sousa e Honório Machado da Nóbrega. Em 11 de
março, por decisão do Presidente Álvaro Lopes Machado, são exonerados os
suplentes e nomeados, em seus lugares, Pedro Fernandes de Oliveira, Elias
Ribeiro da Silva e Justino Gomes dos Santos.
O Almanach da Paraíba cita que neste ano a população estimada da Vila de Patos
era de 800 almas, havia 138 prédios urbanos, incluindo três sobrados e o
edifício em que funcionava o Conselho Municipal, além da cadeia pública. Também
destacava a existência de diversas artérias e o pátio da matriz. Fazia
referências às feiras semanais, ocorridas nas segundas, como sendo abundantes.
Outros dados citados: há na localidade seis estabelecimentos comerciais de
fazendas e miudezas, cujos proprietários são: Filizola, Irmão & Caiaffo, Souza &
Irmão, Major José Jerônimo de Barros, Francisco Gomes dos Santos, Capitão
Joaquim Vieira de Melo e Francisco Vieira de Carvalho. Funcionam também, nove
estabelecimentos de ferragens, miudezas e molhados, pertencentes a Farias &
Cabral, Josué, Severino e João César de Melo, Antônio Lustosa de Oliveira
Cabral, José Vieira Arcoverde, José d’Arimatéia Machado, Josias Álvares da
Nóbrega e Simplício de Araújo.
Não deixava de evidenciar a agropecuária com
relação à criação de gado e produção de cereais, algodão, mandioca e cana de
açúcar, além da existência de dez engenhos para o fabrico de rapadura de
propriedade de Capitão Antônio Batista de Figueiredo, Bernardino Lima, Salustiano Xavier dos Santos, Tenente João Dantas de Oliveira, Manoel Rodrigues
dos Santos, Raimundo Rodrigues, Tenente-Coronel Francisco Pereira Monteiro
Wanderley, Capitão Roldão Meira de Vasconcelos, Alferes João Pedro de Sousa, sem
falar em um engenho a vapor utilizado também para o fabrico da aguardente, de
propriedade do Major Antônio Pedro de Azevedo. Existiam ainda 11 bolandeiras
para o descaroçamento de algodão, do Capitão Manoel Gomes dos Santos, Severino
César de Melo, Capitão Roldão Meira de Vasconcelos, Silvino Xavier dos Santos,
Martinho Moreira, João Augusto de Sousa, Canuto Alves Torres, Augusto Pereira
Monteiro, Capitão Lourenço Dantas Correia de Góis e Alferes Antônio Félix de
Mendonça, bem como um vapor para o mesmo fim pertencente a Major Antônio Pereira
de Azevedo. Na época existiam 124 fazendas de gado.
Em 1898, precisamente no dia 15 de dezembro, o vigário Joaquim Alves Machado e o
procurador Capitão Manoel Gomes dos Santos, mandaram lançar no livro de tombo
cópia da escritura de doação e ratificação do patrimônio de Nossa Senhora da
Guia, da Vila dos Patos. Já no ano de 1900, em primeiro de janeiro, foi
implantado sobre pedras, a oeste da Vila, um cruzeiro de madeira, o qual serviu
de marco da entrada do novo século. A falta de preservação acabou por
extingui-lo, depois do local ter sido ocupado por residências de forma
desordenada, ponto que ficaria conhecido por Beco do Cruzeiro.
Em 20 de fevereiro de 1925, o Presidente João Suassuna assina o Decreto 1.353,
modificando a organização da Força Pública do Estado, que ficará constituída de
dois batalhões: o primeiro na Capital com 605 homens e o segundo com efetivo de
598 integrantes sediado em Patos.
A primeira visita de um Presidente do Brasil à cidade de Patos data de 08 de
agosto de 1926. O Dr. Washington Luís Pereira de Sousa chegou ao meio dia,
acompanhado de sua comitiva e do dirigente estadual, Presidente João Suassuna,
tendo sido saudado por extensas girândolas de foguetões, com as ruas
embandeiradas e repletas de gente, com recepção pela Banda do I Batalhão em
frente à residência dos anfitriões, prefeito José Peregrino e sua esposa D.
Maria Firmino, os quais lhe ofereceram um almoço festivo, cujo cardápio foi
composto de sopa, galinha em molho pardo, peixe de escabeche, roast-beef com
purê de batatas, peru à carioca e em seguida a sobremesa variada de compotas e
salada de frutas, além de pudim. Tudo isso sem falar em outros agrados com
vinhos, champagne, café, licores e charutos.
Em 22 de setembro de 1940, a cidade de Patos recebeu a comissão norte-americana
que iria observar o eclipse total do sol no dia primeiro de outubro, com
modernos equipamentos instalados na firma Anderson Clayton & Company, provocando
uma enorme curiosidade da população. Os observadores pertenciam a National
Bureau of Standards e a National Geographic Society. Integravam a expedição os
cientistas: Irvine C. Gardner, Richard H. Stewart, Theodoro Gilliland, Padre
Paul A. Mc Nally – Diretor do Observatório Astronômico de Georgetown - Estados
Unidos da América, Dr. Edward Hulburt e Dr. Kiees. Mais tarde, o ponto escolhido
foi identificado por um marco que, infelizmente, para prejuízo da história, não
teve a sorte de ser preservado.
Em 1950, o Censo Nacional apontou como população de Patos a existência de 49.540
habitantes, sendo 25.001 mulheres e 24.539 homens, ocupando a décima colocação
entre os municípios da Paraíba. Do total, 25.226 moradores eram de cor branca,
19.956 pardos, 4.297 pretos e 61 não declararam. 49.997 eram católicos, 366
protestantes, 46 espíritas, 06 de outras religiões, 40 não declararam e 40 não
tinham religião. Com relação à agricultura foram apurados 1.886 propriedades,
onde se concentravam 34.290 habitantes (60%). O Censo Comercial de 1950
registrou no município 182 estabelecimentos varejistas e 15 atacadistas,
ocupando 354 pessoas. Com uma movimentação de 29 milhões de cruzeiros, o
comércio varejista de Patos já ocupava o quarto lugar do Estado, perdendo apenas
para
João Pessoa, Campina Grande e
Guarabira. A população Urbana era a terceira
do Estado e o índice de analfabetos chegava a 63,59%.
Em 22 de dezembro de 1961, foram criados os municípios de Salgadinho, Santa
Terezinha, Passagem, São José de Espinharas e Cacimba de Areia, todos
desmembrados da área territorial de Patos. Em 1964, precisamente no dia 31 de
março, a Lei Estadual 3.156, criou o município de São José do Bonfim, com área
desmembrada do território de Patos.
Com uma área total de 506,5 Km², o município de Patos, segundo o censo 2000,
possuía uma população de 91.403habitantes, sendo 43.313 homens e 48.090
mulheres, registrando um crescimento anual de 1,52. Sua densidade demográfica é
de 180,46 (hab/ Km²). Na zona urbana estavam concentradas 87.502 pessoas
enquanto habitavam a zona rural 3.901. O clima é quente e seco, com temperatura
máxima de 38ºC e mínima de 28ºC. Limites: São José de Espinharas, Santa
Terezinha, São José do Bonfim, Cacimba de Areia, Quixaba, São Mamede e Malta. A
estimativa de 02 de julho de 2004, anunciada pelo IBGE, já apontava em Patos,
uma população de 97.129 habitantes, sendo que atualmente já devemos ultrapassar
os 100 mil, valendo salientar que somada a população flutuante, os números
oscilam em torno de 120 mil.
Patos, nos dias atuais, é um dos maiores municípios da Paraíba, não apenas no
aspecto da extensão e estrutura física, mas principalmente, pela pujança de sua
gente, disposição de trabalho da iniciativa privada, com ênfase ao comércio e a
indústria, responsáveis pela geração de emprego, renda e tributos, que mantêm as
ações de governo. Por seu aspecto de desenvolvimento no interior do Estado
passou a ser conhecida como "Capital do Sertão da Paraíba", ao ponto em que o
seu clima acabou lhe dando a titularidade de "Morada do Sol".
Patos, com potencial de consumo de mais de um R$ 1 bilhão em 2012, entrou no
mapa das 20 cidades do interior do país com as maiores taxas de consumo. Segundo
pesquisa realizada pelas empresas McKinsey e da Geomarketing Escopo, ela está
inserida entre as cidades de interior que mais crescem em todo o Brasil,
conquistando a 16ª colocação no ranking dos 20 municípios que devem apresentar
maior consumo entre 2010 e 2020.10 O levantamento realizado pelo instituto
americano teve por objetivo, mapear o consumo e as novas perspectivas de mercado
e capital do sertão paraibano, empatou com importantes cidades como Caruaru
(PE), Corumbá (MS) e Itaituba (PA). Avante Patos, tem seu lugar de destaque no
cenário paraibano.
Fonte: Com participação da revista Patos em Revista.
Patos
é uma cidade do Estado da Paraíba www.guiaparaibano.com.br
.
Mais informações aqui no GUIA ParaibanoConhecida como “A morada do Sol”, Patos é um município brasileiro no estado
da Paraíba, localizado na mesorr
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